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Seção Sindical Goiânia questiona EmbrapaTec S.A

O Presidente da Seção Sindical Goiânia, Waltterlenne Englen Freitas de Lima, questionou o projeto da EmbrapaTec S.A junto à Assessora Parlamentar da Embrapa, Cynthia Cury, devido as suas perguntas não terem sido respondidas na apresentação do projeto aos presidentes das Seções Sindicais do SINPAF realizada em Brasília. Abaixo seguem os questionamentos do Presidente, encaminhado via e-mail:

Prezada Cinthya Cury.
 
Na apresentação do projeto EmbrapaTec S.A aos presidentes de seções sindicais do SINPAF, realizada no Hotel Aracoara, algumas perguntas da Seção Sindical Goiânia não foram respondidas, e após algumas pesquisas sem sucesso a fim de encontra-las, pergunto:
 
1 - Quando foi usado o termo "perda de competitividade", a Embrapa concorre com quem? No atual modelo, tendo as empresas dependentes da União que enviar toda arrecadação à mesma, para depois repassarem o orçamento às respectivas unidades descentralizadas e central, não seria o Governo o maior concorrente da Embrapa? Para remodelar a gestão financeira e orçamentária é possível apenas com a criação da EmbrapaTec S.A?
 
2 - Como ficará a divisão de lucros entre os parceiros e a EmbrapaTec S.A? Como será escalonada a divisão desses lucros? Estará condicionada aos investimentos e estrutura física? Como avaliar a divisão de lucros por investimento x estrutura física? Quando a parceria for com Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação privada sem fins lucrativos ou da administração pública direta e indireta como se dará a divisão?
 
3 - Na apresentação, o foco foi na agricultura e agroindústria. Como ficam as soluções tecnológicas para a pecuária? A Embrapa não é uma empresa de inovação tecnológica focada na geração de conhecimento e tecnologia para a AGROPECUÁRIA brasileira? Na missão e visão da Embrapa não contempla a pecuária, estaria ela subentendida na segurança alimentar?
 
4 - Foi informado que a EmbrapaTec S.A iria comercializar as tecnologias estratégicas do Plano de Governo, Plano Diretor, Agenda Institucional, as demandas governamentais e as demandas prospectadas pela EMBRAPA. Como se dará essa prospecção? Como serão definidas essas estratégias? A criação da EmbrapaTec S.A estaria modificando a missão e visão da EMBRAPA?
 
5 - Um frase chamou a atenção: Não será dependente do tesouro. Como será o início? De onde virão os recursos? Como serão as parcerias e as questões sociais?
 
6 - Como a EMBRAPA se colocará frente às tecnologias das multinacionais?
 
7 - Qual é a projeção frente à perda da competitividade e quais os indicadores que apontaram ser a EMBRAPATEC a solução dos problemas? Quanto tempo a EMBRAPA necessitará para gerar tecnologia com a mesma velocidade das multinacionais? As pesquisas da EMBRAPA se equipararão às das multinacionais somente para a questão comercial ou para a familiar também?
 
8 - No site da EMBRAPA, no quesito quem somos, diz: Hoje a nossa agropecuária é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Incorporamos uma larga área de terras degradadas dos cerrados aos sistemas produtivos. Uma região que hoje é responsável por quase 50% da nossa produção de grãos. Quadruplicamos a oferta de carne bovina e suína e ampliamos em 22 vezes a oferta de frango. Essas são algumas das conquistas que tiraram o País de uma condição de importador de alimentos básicos para a condição de um dos maiores produtores e exportadores mundiais. Baseado nesse texto, qual é o perigo da EMBRAPA focar sua pesquisa para os mesmos interesses da agropecuária comercial ao invés de se consolidar no foco da agropecuária social? Como seria desenvolver estudos para oportunizar melhores conhecimentos e tecnologia em detrimento da sustentabilidade? Como a EMBRAPA vai produzir pesquisa sustentável se um dos responsáveis pela crise hídrica é o agronegócio?
 
9 - Como seria o início da EmbrapaTec S.A em suas ações de comercialização, iria comercializar as soluções já pesquisadas? Se não, como seria o processo?
 
10 - Foi perguntado se com a criação da EmbrapaTec S.A os SPMs deixariam de existir. Foi respondido que não, mas por decisões de gestão os escritórios de negócios serão extintos. Seria essa uma resposta que a EMBRAPA não irá realizar pesquisa social e nem comercializar commodities agrícolas de baixo valor?
 
11 - Para atender as demandas governamentais a EMBRAPA contará com mais recursos? Esses recursos para pesquisar e posteriormente comercializar as commodities agrícolas de alto valor poderão contar também com recursos das PPPs? Se sim, haverá interesse do Governo em manter orçamento para as pesquisas sociais? Investimentos do Governo em unidades que pesquisam as commodities de valor alto consomem quanto do orçamento? E as demais que pesquisam as commodities de baixo valor?
 
Atenciosamente
 
Waltterlenne Englen Freitas de Lima
PRESIDENTE SINPAF GOIÁS
Seção Sindical Goiânia
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